6 de janeiro de 2010

Ano novo?

Quase uma semana depois da "passagem" eu ainda acho que a poesia que vai abaixo vale. Vale porque é isso aí mesmo que o Drummond fala: a mudança da data não é nada se não houver uma mudança dentro da gente. Portanto, acho super possível que o ano novo aconteça em pleno agosto, num dia bem cinzento. Eu, particularmente, estou usando esta data convencionada como marco de algumas mudanças na minha vida. Comecei o ano formada, desempregada, desabrigada, desorientada, desamada - mas não desalmada, o que garante o meu otimismo. Talvez eu tenha que aprender a conviver com a falta, com a incerteza, com a insegurança. E, mais ainda, talvez eu precise aprender a sustentar essa falta, pra ver no que vai dar, pra ver como eu me viro com ela, pra ver como é melhor o vazio consciente do que o vazio fingidamente preenchido, oco. É isso.

Eu realmente espero que esse marco, 2010, seja uma mudança e leve todas as coisas mais ou menos que o marco anterior trouxe. À parte os desejos para as pessoas que eu gosto, eu desejo do fundo do coração viver um ano com emoções, de todos os tipos, para nunca me esquecer de que é pra isso que eu estou aqui, para sentir.

No fim do ano, novo balanço.